O que mais me emputece sobre o frio de Bauru não é nem o frio em si, mas o jeito que ele chega. É como se você tivesse que morar acorrentado na frente de uma lareira e, do nada, um filho da puta chegasse, bicasse a porta, apagasse o fogo e ligasse o ar condicionado na temperatura "polar" e saísse fora. É quase um choque térmico, e o pior: varia absurdamente durante o dia.
Quando tem aula cedo, eu abro o olho e ligo o piloto automático, senão jamais conseguiria sair da cama. Olho o sol brilhando e, inocentemente, penso: "Não deve estar tão frio assim". Aí vou com uma blusa fininha, de boa, e quando dou meu primeiro passo para fora de casa, só consigo exclamar "ah, vai se foder". Aí volto correndo enquanto a Carol espera pacientemente dentro do Fúfi, pego uma blusa, meu gorro do Seu Boneco e entro no carro. Onze da manhã o tempo já mudou bruscamente e tenho que ficar carregando aquelas blusas para não cozinhar de calor. Algumas horas depois o frio volta com tudo e, se já tiver deixado as roupas em casa, lá vai o Russo se foder outra vez.
Como diria Boça, puta mundo injusto, meu.
E aproveitando, agora pode baixar as músicas no MySpace da Filha Solteira, tá?
3 comentários:
parece meu casaco.
bonitnho o post desabafo!
muito essa fita do mano que bicuda a fogueira e acende a porta na temperatura polar, mó toque chérmico da porra
Nossa.. muito verdade! (E faz muito tempo que não entro aqui.)
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